quarta-feira, 2 de março de 2011

Bell do Chiclete recebeu R$ 2 milhões para retirar a barba no Carnaval


Marques aparece ‘lisinho’ em arte de foto. Imagem pode se tornar real no Carnaval do Chiclete, numa ação de marketing em cima do trio


Foto: Arte sobre foto de Andréa Farias

Bell sem a barba, uma das suas marcas registradas


Ele não é o Barba Negra, das histórias de pirata, nem o assustador Barba Azul, dos contos infantis. Seus pelos ainda não chegaram à fase grisalha de um Sean Connery e seu estilo está longe de um cowboy como Jeff Bridges, mas a fama da  barba de Bell Marques não deve nada a nenhuma dessas. E se o líder chicleteiro radicalizar? Seria Bell capaz de descartar os pelos do rosto e puxar o bloco dos ‘lisinho como bumbum de bebê’?
A dúvida paira no céu pré-carnavalesco diante do boato de que a Gillette pagaria R$ 2 milhões para o cantor raspar a barba em cima do trio.  A confirmação pode sair hoje, em entrevista  marcada para 10h30. Na coletiva, estarão outros barbudos, como os atores Malvino Salvador e Bruno Gagliasso.
“Só adianto que teremos o grande tchan do Carnaval”, despista Jamil Moreira, assessor do Chiclete. Na levada do burburinho, até música o Chiclete  fez para a ação marqueteira. A poesia axezeira discorre sobre um rapaz que se apaixona durante o Carnaval, mas não consegue conquistar a gata. Até surgir a arma infalível do cupido: raspar tudo. “Tá lisinho, tá lisinho, pra ganhar ganhar beijinho”, versa o refrão que deve ser entoado na Avenida.
O publicitário Álvaro Ribeiro, especializado em marketing, acha um exagero a suposta cifra de R$ 2 milhões. “Esse deve ser o custo de todas as ações da Gillette para o Carnaval. Não vale a pena isso tudo só pra Bell tirar a barba. Teria uma boa repercussão, mas localizada e muito rápida”, opina. E os fãs, o que acham?

Bell fala hoje sobre sua parceria com a Gillette, ao lado de Gagliasso e Malvino Salvador
 “Ele só deveria tirar se quisesse. Por dinheiro, não!”, diz Vinícius Gusmão, presidente do fã-clube 100% Chicleteiro. Já Aline Ramos, membro do fã-clube Galera do Chicletão, de Minas Gerais, prova que é  tiete. “Bell pode fazer o que quiser. Amo ele de qualquer jeito”.
Nesse ritmo, o cantor deve estar dançando entre a sabedoria clássica e a sapiência popular. Mantendo a barba, segue a ideia do filósofo alemão Arthur Schopenhauer: “A barba, por ser quase uma máscara, deveria ser proibida pela polícia. Além disso, enquanto distintivo do sexo no meio do rosto, é obscena: por isso é apreciada pelas mulheres”. Se resolver ficar lisinho pra ganhar beijinho, Bell pode se apegar ao que dizem nas ruas: “Se barba fosse respeito, bode não tinha chifre”.

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